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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Stone Roses - Stone Roses [1989]



Se 1988 foi o ano dos Pixies, indubitavelmente 1989 pertenceu aos Stone Roses. Com seu tom místico e envolvente - ou como um dia escreveu Morrissey, "Manchester, so much to answer for..." -, continuaram carregando o fardo desta tradição. A cidadezinha cinzenta do norte da Inglaterra (que no passado já trouxe nomes como os de Roy Harper, Hollies, Van der Graaf Generator e, mais recentemente, os Buzzcocks, o Fall e o Joy Division) vive outro momento relevante de sua história musical. Ao lado de conterrâneos como os Inspiral Carpets, James, Happy Mondays e New Fast Automatic Daffodils, o Stone Roses ocupa um lugar primordial e imbatível dentro deste efervescente panorama musical.

O grupo foi criado no final de 84 e a primeira notícia que se teve dele foi através da revista Zig Zag, quando lançaram seu primeiro single ("So Young") pelo selo Thin Line. Seguiram-se mais quatro, dos quais os dois últimos (ambos de 89) explodiram definitivamente no cenário indie britânico.

Este seu LP de estréia (lançado originalmente em abril de 89) capta em cheio a magia oferecida anteriormente pelos singles (a edição brasileira inclui um deles, "Elephant Stone", como bonus track). Eles são geniosos, tímidos e citam bandas obscuras como Osiris, Cymande e Orange Lemons. O grande barato de sua sonoridade é não ser diretamente influenciada por nenhum grupo específico, mas por um imaginário fio condutor que liga a beat music dos anos 60 aos Smiths e, posteriormente, às bandas da Class of ´86.

Os vocais de Ian Brown são suaves e sonolentos, em interpretações espontâneas que cheiram a adolescência. As guitarras de John Squire evocam penetrantes melodias em meio a feedbacks e reinventam com originalidade as levadas de jingle jangle. A bateria e o baixo devolvem ao pop o seu pulsar, há muito perdido. O pano de fundo é a psicodelia, especificamente aquela oriunda de São Francisco.

As letras exaltam a vida, a beleza, o amor, narcisísticas por excelência. As doze canções deste álbum são verdadeiros diamantes que refletem e projetam uma nova espécie de lisergia, que consegue fazer do pop um arco-íris ao longo do tempo.


*Fernando Naporano | Revista Bizz [março/1990]





































|FICHA TÉCNICA|

lançamento|Fevereiro de 1992
produção| John Leckie
estúdio| Battery & Konk Studios/London, Rockfield Studios, Monmouth, Wales
duração| 49:02
selo|Silvertone
prensagem|Brasil
encarte|sim

Vocals - Ian Brown
Guitar - John Squire
Bass - Gary Mounfield
Drums, Backing Vocals - Reni
Composed By - Brown* , Squire*
Engineer - Paul Schroeder
Producer - John Leckie (tracks: A1 to A3, A5, B1 to B6)
































|MÚSICAS|

A1 I Wanna Be Adored
A2 She Bangs The Drums
A3 Waterfall
A4 Don't Stop
A5 Bye Bye Badman
B1 Elizabeth My Dear
B2 (Song For My) Sugar Spun Sister
B3 Made Of Stone
B4 Shoot You Down
B5 This Is The One
B6 I Am The Resurrection





























|VÍDEOS|

I Wanna Be Adored



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