Em 1997 o The Verve já era uma banda rodada e com bons álbuns lançados, porém ainda não havia emplacado um grande sucesso no mainstream. Além disso, a banda convivia com problemas internos, até havia se separado e voltado neste neste período, devido a problemas de relacionamento entre Richard Ashcroft e outros membros da banda, principalmente Nick McCabe. Entretanto em setembro daquele ando tudo mudou, a banda lança “Urban Hymns” e, finalmente, alcança sucesso no mainstream. Vamos à alguns a cenário do momento em que foi lançado este álbum.
- Oasis lança o “Be Here Now” que gera um sucesso de publico em primeiro momento, mas o álbum sucumbiu a críticas e o BritPop parecia estar acabado;
- O Blur estava alcançando sucesso nos EUA com “Song 2″ e cia;
- O Radiohead tinha acabado de lançar o seu grande álbum até então, “OK Computer”;
- O No Doubt estava nas paradas com “Don’t Speak” e “Mmm Bop” dos Hanson também fazia muito sucesso;
- As Spice Girls eram sucesso retumbante no mundo todo, o mundo estava caminhando para um era um tanto pop.
- No entanto, o Ocean Color Scene e o Supergrass haviam lançado bons álbuns;
- O The Verve vinha do difícil “A Storm in Heaven”, o mais fácil “A Nothern Soul” e de problemas internos.
Em meio ao ápice e o inicio do fim do que ficou conhecido como BritPop e as boybands começando a tomar cada vez mais espaço, o “Urban Hymns” é o álbum que lança o The Verve no que ficou conhecido como BritPop. Porém, é evidente que o BritPop não é um estilo de música e sim um momento que ocorreu na música pop britânica, entretanto o The Verve até então não se encaixava embaixo desta rótulo por um simples motivo: sua música não era pop. Em parte esta aproximação com o movimento vigente no Reino Unido ocorreu em seu álbum anterior com as músicas “History” e “On Your Own”, porém isso não era suficiente para classificar a banda, mas o terceiro álbum da banda foi além.
O álbum começa com seu maior clássico, uma música que todo mundo conhece, aquela que faz muitos pensarem que o The Verve é uma banda de um álbum só, aquela que muita gente que conhece acha que é do Oasis, aquela do clipe em que o carinha sai andando em linha reta trombando em todo mundo, aquela que virou símbolo do BritPop, sim…aquela. “Bittersweet Symphony” abre o álbum de maneira impecável com sua introdução com orquestra, introdução esta que gerou problemas da banda com Jagger e Richards que requisitaram a composição da música por conta do uso de sample de “The Last Time” do Stones e conseguiram. Ashcroft comentou sobre o incidente: “Esta é a melhor música composta por Jagger e Richards nos últimos 20 anos”. Ser composta por Ashcroft ou pela dupla do Stones é o de menos, a verdade é que esta é uma das melhores músicas dos 90′s e até hoje é usada em campanhas publicitarias e afins.
Em mais uma quebra no clima “baladeiro” do álbum, “Catching The Butterfly” é um rock no estilo de “The Rolling People”, porém um pouco menos agressivo e lembrando mais o The Verve de outras empreitadas. Esta “volta às origens” é bem mais evidente em “Neon Widerness”, música esta que caberia em qualquer dos dois primeiros álbuns da banda devido ao abuso de efeitos criando um atmosfera de ruídos onde o vocal passeia em versos soltos e hipnóticos, quase falados. Na sequência, “Space And Time”, uma balada rock com mais guitarras que as anteriores do álbum, e “Weeping Willow”, um pedido de ajuda em forma de música.
A nona faixa é “Luck Man”, talvez a segunda música mais conhecida da banda, falando sobre as contradições da vida, as sua transições, altos e baixos, esta música entrou na lista de música que Bono Vox (vocalista do U2) gostaria de ter escrito. O álbum segue com a balada “One Day” e a eletrônica e reflexiva “This Time” falando sobre a vida. Os violinos e o vocal dos versos lentos de “Velvet Morning” junto a sua aceleração no refrão dão uma dinâmica à esta música que quase resume do álbum em sua estrutura. O álbum termina com a explosão “Come On” e a participação de Liam Gallagher gritando “Fuck You!” na parte de final da música.
O “Urban Hymns” pode não ter sido revolucionário como “Ok Computer”, abridor de espaços como “Definitely Maybe”, “Nevermind” e “Dookie”, porém é um álbum que marcou o fim de uma era, foi o álbum que decretou o fim do BritPop por ter sido o último álbum que pode ser considerado daquele movimento que fez grande sucesso, após isso o que se viu foram as bandas que faziam parte daquele momento da música britânica saírem de cena dando lugar a bandas novas, bandas estas que foram influências por aquelas que fizeram história nos anos 90. Evidente que muitas da bandas do dito BritPop ainda estão em atividade, porém aquele momento acabou e, provavelmente, “Urban Hymns”, por mais contraditório que seja, decretou o fim.
*por blog istoemusica
((( FICHA TÉCNICA )))
lançamento| 29 de Setembro de 1997
produção| The Verve, Chris Potter, Youth
estúdio| 13 October 1996 – 4 August 1997, Olympic Studios, London
duração| 75:58
selo| Hut, Virgin
prensagem| EUA, Vinil 180Gram, Qualidade Audiófila, Edição Limitada.
encarte| Gatefold
lançamento| 29 de Setembro de 1997
produção| The Verve, Chris Potter, Youth
estúdio| 13 October 1996 – 4 August 1997, Olympic Studios, London
duração| 75:58
selo| Hut, Virgin
prensagem| EUA, Vinil 180Gram, Qualidade Audiófila, Edição Limitada.
encarte| Gatefold
|CRÉDITOS|
Arranged By [Strings], Conductor - Wil Malone
Co-producer - Andrew Loog Oldham (tracks: A1) , Chris Potter (tracks: B2 to C2, D3) , Youth (tracks: A1 to B1, C3 to D2)
Mixed By [Additional] - Chris Potter (tracks: A1 to B1, C3 to D2)
Producer - Verve, The
Programmed By - Mel Wesson , Paul Taylor (2)
Recorded By - Chris Potter
Co-producer - Andrew Loog Oldham (tracks: A1) , Chris Potter (tracks: B2 to C2, D3) , Youth (tracks: A1 to B1, C3 to D2)
Mixed By [Additional] - Chris Potter (tracks: A1 to B1, C3 to D2)
Producer - Verve, The
Programmed By - Mel Wesson , Paul Taylor (2)
Recorded By - Chris Potter
((( FORMAÇÃO )))
Richard Ashcroft – vocals, guitar
Nick McCabe – lead guitar
Simon Jones – bass guitar
Peter Salisbury – drums
Simon Tong – guitar, keyboards
Nick McCabe – lead guitar
Simon Jones – bass guitar
Peter Salisbury – drums
Simon Tong – guitar, keyboards
((( MÚSICAS )))
A1 Bitter Sweet Symphony
Orchestra - Andrew Loog Oldham Orchestra
A2 Sonnet
A3 The Rolling People
Orchestra - Andrew Loog Oldham Orchestra
A2 Sonnet
A3 The Rolling People
B1 The Drugs Don't Work
B2 Catching The Butterfly
B3 Neon Wilderness
B2 Catching The Butterfly
B3 Neon Wilderness
C1 Space And Time
C2 Weeping Willow
C3 Lucky Man
C4 One Day
C2 Weeping Willow
C3 Lucky Man
C4 One Day
D1 This Time
D2 Velvet Morning
D3 Come On
D2 Velvet Morning
D3 Come On
((( SINGLES )))
"Bitter Sweet Symphony"
Released: 16 June 1997
"The Drugs Don't Work"
Released: 1 September 1997
"Lucky Man"
Released: 24 November 1997
"Sonnet"
Released: 2 March 1998
Released: 16 June 1997
"The Drugs Don't Work"
Released: 1 September 1997
"Lucky Man"
Released: 24 November 1997
"Sonnet"
Released: 2 March 1998
|VÍDEOS|
Bitter Sweet Symphony| The Drugs Don't Work | Lucky Man | Sonnet
0 comentários:
Postar um comentário