((( VINILGRAFIAS )))

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

((( The Grunge Years ))) Mudhoney - Piece Of Cake [1992]



As bandas de Seatle têm atitude. O Nirvana quer destruir o mundo. O Soundgarden quer reconstruir o mundo. O Mudhoney está pouco se fodendo. Piece Of Cake (quer dizer moleza, barbada, em inglês), terceiro álbum do Mudhoney e o primeiro a sair no Brasil (sem contar o anterior, Every Good Boy Deserves Fudge, lançado em edição limitada por aqui pela loja paulista Studio Tan) reafirma, para muito além da dúvida, que alguns músicos como eles, simplesmente, "don´t care", não dão a mínima. E isso é muito legal.

Já se escreveu que Mudhoney é uma cópula bestial entre The Fall e Black Sabbath. Verdade. Mas também é verdade que nunca como em Piece Of Cake, a fórmula grunge aparece tão cristalina, sem afetações à la Pearl Jam ou arrebentada pelo niihilismo compulsivo do Nirvana.
O último disco do Mudhoney tem todos os elementos da trinca "black" que esculpiu o tal som de Seattle, elevados à potência máxima: a cavernice do Black Sabbath, a pegada do Black Flag e o terremoto desconstruído do Big Black.

Se você já escutou coisa mais pesada do que faixas como "Living Wreck", "Take Me There" e"Suck You Dry" é porque você é tão velho quanto o universo e presenciou ao vivo o Big Bang. Só não dá para falar das letras. O disco veio sem encarte e não consegui entender nada.
Every Good Boy Deserves Fudge sugeria uma banda meio brincalhona demais, algum cruzamento indesejável entre Black Sabbath e They Might Be Giants. Ainda bem que não vingou.

O novo álbum retoma, melhorado, o poder destrutivo do primeiro, o auto-intitulado Mudhoney. Tem lá suas piadas - vinhetinha de baixo e peidos, solinhos country, mas nada muito chato.
Para a turma "bandwagonesque" que está entrando no trem de Seattle agora, é sempre bom avisar: o Mudhoney foi a primeira banda de lá que estourou nacionalmente, com o doce single"Touch Me, I´m Sick" (a capa era uma privada sobre um fundo azul-calcinha). Foi a última das grandes a assinar com uma gravadora major - no caso deles, com a Warner.
Entrou mais grana, o som não mudou e estamos todos felizes.

por Álvaro Pereira Junior [ Revista Bizz - janeiro/1993]










((( FICHA TÉCNICA )))

lançamento| Outubro de 1992
produção|Conrad Uno, Mudhoney
estúdio|Recorded at Egg Studios, Seattle,
duração| 44:33
selo| Reprise Records
prensagem| Germany
encarte| Não


((( FORMAÇÃO )))

Vocals, Guitar, Guitar [Slide], Organ, Piano – Mark Arm
Guitar, Bass [Key Bass], Harmonica, Banjo, Vocals – Steve Turner
Drums [Trap Set], Marimba, Vocals – Dan Peters
Bass, Vocals – Matt Lukin

((( CRÉDITOS )))

Artwork By [Illustrations] – Mr. Edwin Judah Fotheringham*
Artwork By [Lettering] – Mr. Nathan Joseph Gluck*
Design – Mr. Arthur Samuel Wilbur Chantry II*
Engineer – Conrad Uno
Photography – Mr. Charles Joseph Peterson*
Producer – Conrad Uno, Mudhoney
Written By – Mudhoney



((( MÚSICAS )))

A1 Untitled 0:39
A2 No End In Sight 3:35
A3 Make It Now 4:25
A4 When In Rome 3:54
Backing Vocals, Handclaps – Bob Whittaker, Matt Lukin, Scott McCaughey, Steve Turner, Tad Hutchison
A5 Untitled 0:25
A6 Suck You Dry 2:34
A7 Blinding Sun 3:39
A8 Thirteenth Floor Opening
Backing Vocals [Added] – Conrad Uno 2:31
A9 Youth Body Expression Explosion 1:59
B1 I'm Spun 4:04
B2 Untitled 0:39
B3 Take Me There 3:32
B4 Living Wreck
Backing Vocals [Added] – Conrad Uno 3:30
B5 Let Me Let You Down
Backing Vocals [Added] – Conrad Uno 3:57
B6 Untitled 0:28
B7 Ritzville 2:38
Backing Vocals, Handclaps – Bob Whittaker, Matt Lukin, Scott McCaughey, Steve Turner, Tad Hutchison
B8 Acetone 4:15
Backing Vocals [Added] – Conrad Uno


((( SINGLES )))

Suck You Dry

Blinding Sun

domingo, 9 de outubro de 2011

((( The Grunge Years ))) Pearl Jam - Ten



"Não sei de onde sairam todas aquerlas musicas...sei que ele gostava muito de Quadrophenia"
Jeff Ament sobre Eddie Vedder, 1993

Um movimento de guerrilha é definido como uma "unidade paramilitar autogerida que opera em pequenos grupos dentro de um território ocupado com o fim de causar danos e eventualmente derrotar um inimigo". Nos Estados Unidos, o último movimento desse tipo digno de menção originou-se em Seattle, em fins dos anos 80 e princípios dos 90, quando várias bandas pequenas - entre as quais se encontravam Nirvana, Soundgarden, Alice In Chains e Pearl Jam - decidiram que era hora de acabar com os falsos ditadores do hair-metal.

O Pearl Jam cresceu mantendo-se praticamente intacto, tendo sido formado a partir de integrantes de grupos fundamentais de hard rock como o Green River e o Mother Love Bone. No seu primeiro álbum, Ten, a banda lembra a melodia majestosa e a integridade ardente de mestres como Neil Young e The Doors, ao mesmo tempo em que davam um grito de guerra para um poderoso novo movimento do rock 'n'roll.
Os duros acordes de Ten, intensificados pelos solos pungen¬tes com ecos de blues de Mike McCready, foram imediatamente assimilados por rnilhóes de adolescentes ávidos por algo novo. O primeiro single, "Alive" resumia as virtudes do disco: refrões fáceis de serem cantados, letras inquietantes e reflexivas e guitarras entrelaçadas de forma sombria. A voz de barítono de Eddie Vedder fazia com que o Pearl Jam estivesse mais ligado ao rock clássico do que o Nirvana, com os gritos punks de Kurt Cobain.

O rugido de "Why Go" o mar de reverberação de "Oceans" e a contundente"Porch" reuniam uma torrente de grunge,enquanto o single de sucesso "Jeremy" fez com que cada um dos adolescentes shoegazer se perguntassem, por um breve instante, como seria estourar o crânio na frente da turma.

do livro "1001 discos para ouvir antes de morrer"



((( FICHA TÉCNICA )))

lançamento| 27 de agosto, 1991
produção|Rick Parashar, Pearl Jam
estúdio| 27 de março – 26 de abril, 1991 no London Bridge Studio, Seattle, Washington
duração| 53:24
selo| Epic
prensagem| Brasil
encarte| sim


((( CRÉDITOS)))

Art Direction, Artwork By [Concept] Jeff Ament
Artwork By [Additional] – Eddie Vedder, Steve Pitstick
Bass – Jeff*
Design – Lisa Sparagano, Risa Zaitschek
Drums – Dave*
Engineer [Additional] – Adrian Moore (3), Dave Hillis, Don Gilmore
Guitar – Stone*
Lead Guitar – Mike*
Lyrics By – Eddie Vedder
Mastered By – Bob Ludwig
Mixed By – Tim Palmer
Music By – Krusen* (tracks: B5), Vedder* (tracks: B1, B2, B5), Ament* (tracks: A4, A6, B1, B3 to B5), McCready* (tracks: B5), Gossard* (tracks: A1 to A3, A5, B1, B3 to B5)
Other [Fire Extinguisher], Other [Pepper Shaker] – Tim Palmer
Percussion, Piano, Organ – Rick Parashar
Photography – Lance Mercer
Producer – Pearl Jam, Rick Parashar
Vocals – Eddie*



((( MÚSICAS )))
A1 Once 3:51
A2 Even Flow 4:53
A3 Alive 5:41
A4 Why Go 3:19
A5 Black 5:44
A6 Jeremy 5:18
B1 Oceans 2:41
B2 Porch 3:30
B3 Garden 4:58
B4 Deep 4:18
B5 Release 9:03


((( SINGLES )))

"Alive"
Lançado em: 1991


"Even Flow"
Lançado em: 1992


"Jeremy"
Lançado em: 1992


"Oceans"
Lançado em: 1992

domingo, 2 de outubro de 2011

Oasis - (What´s The Story) Morning Glory? [1995]




(What´s The Story) Morning Glory?, foi o epicentro do britpop, um rejuvenescimento cultural que abrangeu toda a Grã-Bretanha nos anos 90, revivendo ainda que por breves instantes, um orgulho pela música, moda e arte do país que não se via desde os longínquos anos 60.

"Hello" é uma musica tipicamente arrogante para iniciar o álbum - o refrão é uma sátira a música de Gary Glitter, "Hello Hello I'm back again". O hino "Dont' Look Back In Anger"não levou muito tempo para se converter na musica favorita dos estádio de futebol(a letra foi inspirada em um fragmento de uma conversa de John Lennon).

"Some Might Say"proporciono a banda o seu primeiro lugar na Inglaterra, ainda que muitos achassem que o ponto alto do álbum fosse a cativante "Wonderwall" (segundo lugar na Inglaterra), com acompanhamento de violoncelos - o título da musica vem de uma trilha sonora composta por George Harrison em 1969; Noel afirma que tinha sido para sua namorada, Meg Mattheus. Em termos de ternura e dimensão épica, contudo a comovente "Cast no Shadow" (que fala do vocalista do Verve - Richard Ashcroft) supera as expectativas:as cordas são cheias de sentimento e Liam interpreta intensamente as letras evocativas com uma voz que raras vezes consegue igualar.

A faixa titulo é um hino combativo com um refrão de afirmação da vida cercado por ruídos apocalipticos de helicópteros.. Chegamos então a doce "Champgne Supernova" que encerra o álbum com solos de guitarra dramáticos interpretados por Noel e Paul Weller. Noel explicou ao diretor de arte Brian Cannon que o álbum era essencialmente urbano - uma fotografia de Berwick Street no Soho de Londres.

No verão de 1996, What´s The Story... já tinha alcançado nove discos de platina, definindo assim uma época e um lugar de forma mais absoluta do que qualquer outro álbum ingles até então.

do livro "1001 discos para ouvir antes de morrer"




((( FICHA TÉCNICA )))
lançamento| 02 de outubro de 1995
produção|Owen Morris e Noel Gallagher
estúdio| March 1995, May – June 1995, Rockfield Studios in Monmouth, Wales
duração| 50:05
selo| Creation Records
prensagem| UK
encarte| Gatefold


((( MÚSICAS )))
A1 Hello 3:21
A2 Roll With It 3:59
A3 Wonderwall 4:18
B1 Don't Look Back In Anger 4:48
B2 Hey Now! 5:41
B3 Untitle 0:44
B4 Bonehead's Bank Holiday 3:47
C1 Some Might Say 5:29
Drums – Tony McCarroll
C2 Cast No Shadow 4:51
C3 She's Electric 3:40
D1 Morning Glory 5:08
D2 Untitled 0:39
D3 Champagne Supernova 7:27
Guitar [Lead], Backing Vocals – Paul Weller


((( CREDITOS )))
Bass – Paul McGuigan
Design [Assistant] – Matthew Sankey
Design, Art Direction – Brian Cannon
Drums, Percussion – Alan White (2)
Guitar [Lead], Vocals, Mellotron, Piano, Synthesizer [E Bow] – Noel Gallagher
Guitar [Rhythm], Mellotron, Piano – Paul Arthurs
Photography By – Michael Spencer Jones
Producer – Noel Gallagher, Owen Morris
Vocals – Liam Gallagher
((( SINGLES )))
"Some Might Say"
Released: 30 April 1995
"Roll with It"
Released: 14 August 1995
"Morning Glory"
Released: 15 September 1995
"Wonderwall"
Released: 30 October 1995
"Don't Look Back in Anger"
Released: 19 February 1996
"Champagne Supernova"
Released: 13 May 1996
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