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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Smashing Pumpkins - Siamese Dream [1993]



















O Smashing Pumpkins só não chegou atropelando no mercado musical, vestindo a camisa do “next big thing”, por um daqueles malucos acasos do mundo do rock. E porque não quis.
Desde que apareceu, em 90, com o primeiro single “I Am One”, o quarteto de Chicago atravessou um caos de acertos, que inclui uma estreia já clássica na historia do rock independente, o disco “Gish” – alguns dizem que já passou das 500 mil copias vendidas -, shows memoráveis, casos de amor com Courtney “Cobain” Love, excessos de estrada e respeito exacerbado de critica e público.

O que esperar então do difícil segundo disco por uma grande gravadora? É difícil dizer que a maioria esperava, mas o resultado é uma obra prima.
Gravado em Atlanta, com a produção do mesmo Butch Vig do primeiro álbum “Siamese Dream” mostra uma banda que sabe muito bem o que quer. “Como canta o vocalista, também produtor e líder Billy Corgan em “Today”:” não da pra viver o amanhã / o amanhã é muito longo”. O Pumpkins canta uma psicodelia pesada e melancólica. Os riffs poderosos passeiam sobre grunidos e langores, com climas hendrixianos, calmarias pós-tormentas de Sonic Youth e assim por diante. E seria injusto ficar dando nomes.

O disco abre com “Cherub Rock” um daqueles potenciais hits que raro não passam despercebido pelo publico. “Today” e “Disarm” são tipicas baladas dos Pumpkins, com Alan Mouder que mixou o disco, realçando o lado “britânico” da banda. Em “Geek Usa” a banda encara seus demônios com uma violência metálica assustadora, é pura fúria sensual, sexual.


Smashing Pumpkins é uma das bandas mais completas do momento. E Siamese Dream é um mosaico colorido que visita os parênteses mais radicais do rock, revitalizando-os, intensificando-os. Seu eventual segredo se esconde numa paráfrase do filosofo italiano Guido Ceronetti: para quem não entende as alusões da banda não adianta explicações.

Por Fabio Massari [caderno ilustrada, Jornal Folha de São Paulo de 6 de setembro de 1993].

































|FICHA TÉCNICA|

lançamento| 27 de Julho de 1993
produção| Butch Vig e Billy Corgan
estúdio| Recorded at Triclops Sound Studios, Atlanta, GA
Mixagem| Rumbo Recorders, Canoga Park, CA
duração| 62:17
selo| Virgin Records
prensagem| USA
encarte| Gatefold


Billy Corgan | vocais, guitarra, mellotron em "Spaceboy", arranjos, produção, mixagem
James Iha| guitarra, back vocals
D'arcy Wretzky | baixo, back vocals
Jimmy Chamberlin | bateria
Mike Mills[REM] | piano em "Soma"
Eric Remschneider | arranjos e violoncelo em "Disarm" e "Luna"
David Ragsdale | arranjos e violino em "Disarm" e "Luna"
Butch Vig | produção, engenharia de som, mixagem, arranjos
Mark Richardson | engenheiro de som
Jeff Tomei | engenheiro de som
Tim Holbrook | suporte de engenheiria técnica
Alan Moulder | mixagem
Howie Weinberg | masterização
Len Peltier| direção artística
Steve J. Gerdes | design
Melodie McDaniel | fotografia

|MÚSICAS|

Side A
A1 Cherub Rock
A2 Quiet
A3 Today
A4 Hummer

Side BB1 Rocket
B2 Disarm
Cello - Eric Remschneider
Violin - David Ragsdale

B3 Soma
Piano - Mike Mills

Side CC1 Geek U.S.A.
C2 Mayonaise
C3 Spaceboy

Side D
D1 Silverfuck
D2 Sweet Sweet
D3 Luna
Cello - Eric Remschneider
Violin - David Ragsdale














|SINGLES|

||| "Cherub Rock"||| "Today"||| "Disarm"||| "Rocket"









Um comentário:

  1. Curti muito a disposição das fotos do encarte no vinil. Que bela relíquia, cara. Essa é a obra eterna da banda mais fantástica (e indomável) de rock que conhecemos! A presença dela no blog é muito significativa.

    abraço Fábio, parabéns.
    Até mais e Rock On! \,,/

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