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quarta-feira, 28 de julho de 2010

The Cure - Wish [1992]



|RESENHA|

*
Por Fallen Angel website whiplash

“Wish” veio ao mundo como o sucessor de “Disintegration”, certamente um dos discos mais belos e tristes de todos os tempos. O Cure baladeiro, o Cure gótico, o Cure rock n' roll, o Cure pop, e até mesmo o Cure psicodélico do disco "The Top" têm seu espaço em “Wish”. E como Robert Smith sempre soube ser bastante competente em qualquer uma dessas frentes, o resultado de “Wish” não poderia ter sido outro além de um sucesso estrondoso que levou a banda definitivamente às massas.





O álbum passeia sem dar passos largos pela asfixia gélida de “Pornography”, pela orientação pop de “The Head on the Door”, pela melancolia quente e lisérgica de “The Top” e ainda pela infusão outonal de melancolia e afeto de “Disintegration”.

Apresenta alguns tropeços, mas nada que comprometa a obra. De lambuja, promove um espetáculo de guitarras, melodias, e de vocais/letras de uma das figuras mais carismáticas na história recente da música, Robert Smith.



“Wish” é um álbum memorável, maduro, mais acessível, mas não menor do que nenhum outro do Cure. A produção crua de David Allen (a banda também é creditada como produtora no encarte) torna o trabalho um pouco diferente devido ao tratamento dado às doses cavalares de palhetadas e solos, que soam mais encorpados e pesados do que nos discos anteriores da banda.





Principalmente se comparado ao imediamente anterior “Disintegration”, cuja produção cristalina e elaborada reveste a melancolia toda daquele disco em uma roupagem mais soturna e distante. Assim, “Wish” acaba soando mais real e moderno, mais anos 90. Para aqueles que não gostaram do álbum por esperarem outra coisa do The Cure, “Wish” merece mais uma chance, nem que seja sob essa ótica revisionística. Para os que gostam do disco devido sua alta rotação no Brasil, fica a dica dos trabalhos anteriores do grupo, como “Faith”, “Kiss Me Kiss Me Kiss Me” e “17 Seconds”, além dos outros já citados anteriormente nesse texto, para entender como a banda forjou seu estilo e o caminho que traçou para culminar no equilíbrio de “Wish”. Eu faço parte do grupo que conhece toda a discografia da banda e ouve “Wish” com muito prazer.






|FICHA TÉCNICA|

lançamento|21 de Abril de 1992
produção|David M. Allen/Robert Smith
estúdio|The Manor - Oxfordshire, England
duração|65:42
selo|Fiction/Elektra
prensagem|nacional
encarte|sim







|FORMAÇÃO|

Robert Smith – guitar , keyboard , vocals
Perry Bamonte – 6 string bass Fender VI , guitar, keyboard
Simon Gallup – bass, keyboard
Porl Thompson – guitar
Boris Williams – percussion , drums
Kate Wilkinson - viola



|MÚSICAS|

disco 1 - lado A
"Open" – 6:51
"High" - 3:37
"Além" - 6:40

disco 1 - lado B
"From the Edge of the Deep Green Sea" – 7:44
"Wendy Time" – 5:13
"Doing the Unstuck" – 4:24

disco 2 - lado A
"Friday I'm in Love" – 3:39
"Trust" – 5:33
"A Letter to Elise" – 5:14

disco 2 - lado B
"Cut" – 5:55
"To Wish Impossible Things" – 4:43
"End" – 6:46




|VÍDEOS|
Friday I'm In Love, A Letter To Elise e High





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